Thursday, June 13, 2013
A política do EU
Não é porque eu não sou gay que não posso (e devo) lutar pelo direitos deles serem tratados com respeito como qualquer ser humano. O fato de um homem ser homem não faz com quem ele não possa (e deva) lutar pela causa feminista. O fato de ter uma religião e acreditar no que ela prega não faz com que você deva faltar com respeito ou negue direitos a outras pessoas que não possuam mesma crença e também não dá a ninguém o direito de te ofender por conta do teu posicionamento e crença (ou falta dela). Não é porque sou mulher que devo querer ter filhos, gostar de usar maquiagem e salto alto. E nem é porque um homem é homem que ele não pode chorar e deve transar com qualquer mulher que "dê mole. Não é porque é negro(a) que é ladrão, faxineira, pobre ou mal educado.
Generalizar é a forma mais chula e não correta de impor padrões que não condizem com uma realidade do que é o ser humano física e psicologicamente (salvo raros casos onde é usada para explicações, como no texto e etc).
Válido lembrar, também, que não é porque o aborto fosse legalizado que você precisaria ser a favor, apenas respeite que cada um tem sua opção e o mesmo vale para o casamento homo, por exemplo, e tantas outras coisas. Você não é obrigado a concordar, a achar bonito ou a aplaudir mas você, é SIM, obrigado a ter respeito pelas escolhas alheias e a não discriminalizar as pessoas por conta disso, não precisa ser amigo (mas também é interessante não excluir totalmente essa opção, e SE a pessoa for MUITO legal
? Um ótimo amigo?) apenas respeite e não discriminalize.
Qualquer um está sujeito a ser pobre de espírito, ser ladrão, matar, roubar, ser mal educado, jogar lixo no chão, ter uma gravidez não planejado, seja esse ser humano rico, pobre, negro, branco, verde, gay, hétero, que não quer relações sexuais, que nasceu na favela, que nasceu no palácio e por aí vai.
Abro um parenteses para explicar que sim, algumas condições citadas podem influenciar teu pensamento e moral, mas, a mente humana é algo incrível, basta trabalhar nessa que pode-se mudar vários aspectos.
É uma introdução simples e até meio chulo mas é a mesma idéia com os protestos (e qualquer outra coisa que envolva a SOCIEDADE): não é porque eu não sou pobre ou miserável que não devo pensar que SIM um aumento de passagem de 20 centavos faz diferença pra muita gente e é absurdo e eu devo sim lutar por isso ou por qualquer coisa que eu acredite certo. Nem porque houve um protesto onde teve casos de vandalismo que todos o fazem ou que em todos casos de protestos há casos de vandalismo.
Tem gente esquecendo que a questão NÃO é sobre VOCÊ ou o que VOCÊ é e sim direitos que nós, como humanos e sociedade temos e a civilidade que todos deveriam exercer para que as coisas andassem nos eixos e de forma respeitosa. O buraco é bem mais embaixo da tua opinião própria, da tua condição física, social e financeira, do teu modo de criação, da tua religião, da tua raça, da tua opção sexual, do teu gênero, etc; então, por favor, parem de pensar apenas no mundo de vocês e no interesse de assuntos, escolhas e grupos TEUS e de tua convivência. Respeite,seja gentil, promova o respeito mútuo e a gentileza e seja respeitado e tratado com gentileza. É muito simples mas parece complicado demais para alguns seres humanos (que de humanitário, nada tem).
Wednesday, May 29, 2013
Resenha: O apanhador no campo de centeio
Sinopse (retirada do site da Livraria Cultura)
"Um garoto americano de 16 anos relata com suas próprias palavras as experiências que ele atravessa durante os tempos de escola e depois. Revela o que se passa em sua cabeça. O que será que um adolescente pensa sobre seus pais, professores e amigos?"
Li apenas a versão em português e eu já havia sido avisada que a tradução está relativamente "porca", "no duro". Vou ler em breve em inglês para fazer uma comparação.
Resolvi ler esse clássico, porque, bem, é um clássico, eu nunca tinha lido e o tema desse mês do desafio literário era "livros citados em filmes" e esse livro é citado no filme "As vantagens de ser invisível", o Charlie o lê como trabalho extra e adora.
Bem, eu esperava muito desse livro, já chegou a ser um dos livros mais lidos nos EUA, e confesso que tive uma leve decepção.
O livro é fininho, mas a linguagem dele é complicada, "no duro". Embora seja um livro YA(jovem adulto), não é o tipo de linguagem que eu goste de ler, embora mostre bastante sobre a história e o personagem principal: Holden Caulfield.
A hstória nada mais é que o Holden tentando entender a vida, a adolescência, porque as coisas acontecem desse jeito, tenta definir um rumo para a vida dele.
Acho que foi um "As vantagens de ser invisível" dessa época, mas a mim, particularmente, não atraiu muito, "no duro".
O Holden é bem confuso, oras apresentando rebeldia, oras apresentando doçura pelos seus pensamentos, não atitudes. Apesar de tudo achei a leitura do livro boa, é leve apesar das várias gírias e da linguagem do Holden que para mim foram forçadas demais porém acredito serem propositais pelo comportamento e personalidade dele. O livro que foi citado no filme "As vantagens de ser invisível" é também comparado com o livro que dá título ao filme, como um semelhante daquela época. Não achei bem assim porque achei muitas diferenças básicas de caráter entre o Holden e o Charlie. Acho que eu não estava na "vibe" do livro, "no duro", e que o livro é mais um daqueles livros que todo mundo coloca em um pedestal - e o livro nem vale tanto assim.
Escrita: 7/10
Capa: 3/10
História: 7,5/10
Personagens: 6/10
Nota final: 5,75 (bom)
Ps: quis dar uma de irônica colocando os "no duro". Quem leu ou ler vai entender o motivo :)
Tuesday, May 14, 2013
Eu amo os animais!
Então que essa semana uma notícia chocou o Rio Grande do Sul e o Brasil.
Uma mulher foi filmada torturando e incitando o filho a torturar um cachorrinho da raça poodle. O cachorrinho está bem, já tem outro dono, a mulher irá responder à policia civil e a notícia trouxe muitas pessoas indagando que a mulher era uma covarde, era terrível, que devemos ter amor aos animais.
E eu concordo com isso.
Mas não concordo com uma coisa. Que aliás me incomoda muito.
A mulher agiu de completa má índole, uma pessoa terrivel mesmo e ainda estava ensinando o filho a ser ruim, também.
Só que é fácil apontar o dedo para um ato covarde quando é dos outros, quando é filmado e quando é violento na forma mais simples e pura que nós conhecemos na socidade.
Infelizmente, muitos que se comoveram com a história do poodle também são covardes referentes a muitos animais e situações no dia a dia, sem perceber, claro que não em mesmo grau porém covardes do mesmo jeito.
Você é um covarde quando passa por um animal em situação de risco extremo (seja subdesnutrido, seja com algum ferimento grave) e o deixa ali, da mesma maneira.
Você é um covarde e ainda tortura seu animal quando não castra o mesmo, quando "obriga" o mesmo a ter filhotes, cria após cria, doando os filhotes para qualquer pessoa.
Você tortura seu animal quando não fornece todo auxílio necessário ao animal, como banhos, alimento, água, local para se movimentar, brincadeiras, consulta veterinária, vacinas, castração.
Ter um animal de estimação é muita responsabilidade. Eles sentem fome, frio, precisam de carinho, de cuidados. São um ser vivo como qualquer outro, inclusive como filhos, ou seja, devem ser tratados ao menos com o mínimo necessário para a sobrevivência do mesmo e com respeito. Se não tem condições financeiras de prover o básico, faça um favor a você e aos animais e não tenha. E não venham me dizer que vacina, anti-pulgas e castração são "luxos" ou "muito caros". Há diversas campanhas para comunidades e pessoas carentes, bem como ONGs e profissionais veterinários que cobram um serviço mais acessível e de igual qualidade para os que não tem tanta condição assim. A questão é até onde você se sente responsável por seu bichinho para deixar de comprar a tua comida favorita, um batom, economizar para levar o mesmo ao veterinário.
Eu acho muito legal mesmo que mais pessoas estão aderindo a causa animal. Vamos aderir sim, mas com consciência e responsabilidade, sem hipocrisia. Primeiro olhe pra você, promova a mudança que você quer no mundo em você para depois aplicá-la ao mundo do contrário não irá funcionar. É fácil ser uma "boa pessoa", é fácil "amar os animais" via internet, na frente de amigos, ser o maior fã dos animais mas negar auxilio ao seu próprio ou ao menos um pote de água a um animal de rua, uma atitude tão simples que muda tanto.
Outro ponto: amor não se compra, companhia fiel também não. Evite a compra de animais, prefira a adoção. Amor não tem credo, cor e nem raça, não é mesmo? Faça a mudança que quer no mundo e comece por você.
Wednesday, May 1, 2013
[RESENHA] Primavera num espelho partido
Sinopse "A história central de 'Primavera num espelho partido', do uruguaio Mario Benedetti gira em torno de Santiago, personagem condenado ao exílio interior numa prisão de seu próprio país, por ter participado da guerrilha urbana durante o período da ditadura militar no Uruguai, imposta de 1973 a 1985. Já sua mulher Graciela é obrigada a se mudar para a Argentina com Beatriz, sua filha pequena, e dom Rafael, seu sogro, para reconstruir a vida. Para o marido, detido em sua cela, é como se o tempo tivesse parado"
Outro livro que li um pouco sem vontade, não sei, estava meio sem "tesão" de ler o livro apenas pela sinopse.
Confesso que me surpreendi. O livro é sobre amores, perdas, uma história de amor que não é aquele conto de fadas. É em primeira pessoa, o que para alguns, pode se uma dificuldade. Eu gostei porque me aproximou mais das personagens. Amei os capítulos da Beatriz, foram os melhores. A vida das pessoas próximas do Santiago mudam muito enquanto a de Santiago permanece quase a mesma (embora ele passe a se conhecer mais e a compreender fatos de seu passado e de pessoas amadas com mais clareza).
O livro trata de perdas, de lealdade, de ditadura...não é leve mas também não é pesado. Recomendo para quem quer ler algo diferente.
Escrita: 8/10
Capa: 5/10
História: 7,5/10
Personagens: 7,5/10
Nota final: 7 (ótimo)
Outro livro que li um pouco sem vontade, não sei, estava meio sem "tesão" de ler o livro apenas pela sinopse.
Confesso que me surpreendi. O livro é sobre amores, perdas, uma história de amor que não é aquele conto de fadas. É em primeira pessoa, o que para alguns, pode se uma dificuldade. Eu gostei porque me aproximou mais das personagens. Amei os capítulos da Beatriz, foram os melhores. A vida das pessoas próximas do Santiago mudam muito enquanto a de Santiago permanece quase a mesma (embora ele passe a se conhecer mais e a compreender fatos de seu passado e de pessoas amadas com mais clareza).
O livro trata de perdas, de lealdade, de ditadura...não é leve mas também não é pesado. Recomendo para quem quer ler algo diferente.
Escrita: 8/10
Capa: 5/10
História: 7,5/10
Personagens: 7,5/10
Nota final: 7 (ótimo)
Monday, April 29, 2013
[ESPECIAL] John Green
Retirada do Google Images |
Depois de sumir por conta das provas volto já com post hoje e outro que estou preparando para amanhã :)
John Green sofreu um "boom" com o lançamento do livro "A culpa é das estrelas" porém já havia lançado ótimas obras antes desse - e eu nem considero seu melhor livro. Possui 6 obras publicadas, sendo 4 solo e 2 em conjunto com outros autores e o gênero de seus livros é jovem adulto.
Embora os livros sejam YA, eles têm sempre uma semelhança: as personagens são relativamente "nerds" ou um pouco mais inteligente que a maioria. Só isso já me faz gostar mais dos livros, visto que livros com esse tipo de personagem peculiar são raros, geralmente, essa personagem é a chata e zoada da história, não o protagonista.
Os livros que eu já li foram: "A culpa é das estrelas", "Quem é você, Alasca? (Looking for Alaska)" e "O Teorema Katherine". Felizmente li o "Quem é você, Alasca" em inglês, visto que muitos não estão gostando do livro e julgo que boa parte disso foi a tradução mais ou menos que os livros dele receberam, mas, esse é meu livro preferido dele, achei o mais "maduro" em relação as personagens e o meu está todo marcado. "O Teorema Katherine" foi bem traduzido apesar de ter vários anagramas conseguiram dar uma ótima tradução e achei a personagem principal parecida com o irmão de John, Hank. "A culpa é das estrelas" é um romance não romance, porque não é conto de fadas, é conturbado e fofo ao mesmo tempo. E um livro triste, muito triste.
Há muito contéudo sobre o autor e seus livros na internet, uma busca rápida e dá pra achar várias resenhas dos livros. Eu recomendo altamente a leitura em inglês, se você tem um conhecimento intermediário (nisso, entenda: consegue ler, por exemplo, Harry Potter, sem grandes dificuldades). O sucesso de John Green é justificável e merecido, são livros bons, gostosos de ler, com personagens que cativam e frases marcantes. Vou fazer uma resenha três-em-um dos livros que já li dele e comparar os pontos iguais, ressaltar as diferenças e mostar por quê ler cada um deles. No mais, fico no aguardo de um próximo lançamento dele, e espero conseguir comprar a cópia assinada dessa vez.
Thursday, April 18, 2013
[MEME] 18 de Abril Dia Nacional do Livro Infantil
Hoje é Dia Nacional do livro infantil e por isso resolvi "criar" esse meme :) Quem quiser participar basta fazer uma postagem-resposta linkando esse post do blog junto, bem simples!
O meme é para recomendar 3 livros infantis nas categorias:
1 - Primeiro livro que você leu (se leu quando criança, do contrário escolha o primeiro livro que leu que pode ser indicado para crianças).
2 - Escritor de literatura infantil nacional que admira e uma obra que recomenda do mesmo
3 - Um livro clássico infantil.
Caso alguém queira acrescentar alguma outra categoria, sinta-se a vontade!
1 - A Bolsa Amarela
Esse foi o primeiro livro que eu li, quando eu tinha 8 anos mas recomendo entre 8 a 15 anos. Conta a história da Raquel que tem três sonhos (não é spoiler!): ter nascido menino, crescer e virar escritora. Ela coloca suas idéias e desejos dentro da bolsa amarela que ganha de aniversário. O livro é fantástico, ajudou muito na minha formação pessoal. É um livro fininho, de leitura rápida e gostosa e acredito que não apenas crianças mas adultos deveriam ler esse livro!
2 - Maurício de Souza - Turma da Mônica
Ok, ele é cartunista mas foi o principal criador e roteirista da turminha por muitos anos - embora ainda seja roteirista, mas com menos frequência. A Turma da Mônica fez e faz parte da infância de várias crianças e acompanhou o desenvolvimento das mesmas. As histórias são sempre com lições de moral, divertidas, engraçadas, simples, curiosas e totalmente livre de preconceitos. O livro, ou melhor, gibi/história em quadrinho que eu mais recomendo são duas: as do Chico Bento e as que aparecem o gato Mingau, da Magali. Para as crianças que estão aprendendo a ler ou tendo um primeiro contato com a leitura, ou para aquelas que não gostam de ler gibis são a melhor forma de incentivar essa leitura.
3 - O Pequeno Príncipe
Pode parecer clichê escolher esse livro mas ele é um livro fantástico! Eu recomendo tanto para adultos quanto para crianças, todos deveriam ler esse livro. Cada vez que se lê há novas perspectivas sobre a história, as personagens, tudo, enfim, não é a toa que é um clássico da literatura infantil.
Tem um vídeo da Tati do canal tiny little things sobre o livro, muito bom e expressa bem meu sentimento sobre o livro.
Quem fizer o "meme" pode me mandar o link do seu post, vídeo, etc que eu publico nesse mesmo post :)
Aproveito esse post para informar que tem um sorteio acontecendo na página do blog. Para concorrer basta curtir a página, compartilhar alguma publicação em modo público e clicar nesse link . O vencedor será divulgado no dia 06.05 e levará um livro "As Crônicas de Nárnia - Volume Único".
O meme é para recomendar 3 livros infantis nas categorias:
1 - Primeiro livro que você leu (se leu quando criança, do contrário escolha o primeiro livro que leu que pode ser indicado para crianças).
2 - Escritor de literatura infantil nacional que admira e uma obra que recomenda do mesmo
3 - Um livro clássico infantil.
Caso alguém queira acrescentar alguma outra categoria, sinta-se a vontade!
1 - A Bolsa Amarela
Esse foi o primeiro livro que eu li, quando eu tinha 8 anos mas recomendo entre 8 a 15 anos. Conta a história da Raquel que tem três sonhos (não é spoiler!): ter nascido menino, crescer e virar escritora. Ela coloca suas idéias e desejos dentro da bolsa amarela que ganha de aniversário. O livro é fantástico, ajudou muito na minha formação pessoal. É um livro fininho, de leitura rápida e gostosa e acredito que não apenas crianças mas adultos deveriam ler esse livro!
2 - Maurício de Souza - Turma da Mônica
Ok, ele é cartunista mas foi o principal criador e roteirista da turminha por muitos anos - embora ainda seja roteirista, mas com menos frequência. A Turma da Mônica fez e faz parte da infância de várias crianças e acompanhou o desenvolvimento das mesmas. As histórias são sempre com lições de moral, divertidas, engraçadas, simples, curiosas e totalmente livre de preconceitos. O livro, ou melhor, gibi/história em quadrinho que eu mais recomendo são duas: as do Chico Bento e as que aparecem o gato Mingau, da Magali. Para as crianças que estão aprendendo a ler ou tendo um primeiro contato com a leitura, ou para aquelas que não gostam de ler gibis são a melhor forma de incentivar essa leitura.
3 - O Pequeno Príncipe
Pode parecer clichê escolher esse livro mas ele é um livro fantástico! Eu recomendo tanto para adultos quanto para crianças, todos deveriam ler esse livro. Cada vez que se lê há novas perspectivas sobre a história, as personagens, tudo, enfim, não é a toa que é um clássico da literatura infantil.
Tem um vídeo da Tati do canal tiny little things sobre o livro, muito bom e expressa bem meu sentimento sobre o livro.
Quem fizer o "meme" pode me mandar o link do seu post, vídeo, etc que eu publico nesse mesmo post :)
Aproveito esse post para informar que tem um sorteio acontecendo na página do blog. Para concorrer basta curtir a página, compartilhar alguma publicação em modo público e clicar nesse link . O vencedor será divulgado no dia 06.05 e levará um livro "As Crônicas de Nárnia - Volume Único".
Monday, April 15, 2013
Espelho vaidoso
Infelizmente eu não fiquei surpresa por ver que nós, mulheres, nos achamos "inferiores" ao que as outras pessoas acham de nós, em um geral.
Enfatizo nas mulheres pois desde cedo somos influenciadas, a estar sempre bonitinha, arrumadinha, e "fulana, não brinque na lama, vai ficar suja e enfeiar teu vestido". Coisas desse tipo. As propagandas direcionadas ao público feminino também pecam por mostrarem sempre modelos magras demais, loiras, de olhos claros e por aí vai. Como se realmente eu só fosse ter pessoas atraídas por mim se tiver esse biótipo.
Essa campanha é muito importante para mostrar que todas essas outras propagandas que eu citei, de forma generalizada, estão erradas.
Não tem nada de errado em ser gorda, muito menos em ser magra. Não tem nada de errado sem ser musculosa. Isso se VOCÊ quer ser assim. Acho importante marcar bem isso. Existem muitas pessoas no mundo, por quê temos que criar um padrão para tudo, ainda mais algo tão particular como a beleza?
O que seriam dos gatos sphynx, por exemplo, se ninguém os achasse bonitos? Poderiam ser extintos. E eles são lindos, como qualquer outro gato e qualquer outro animal. A comparação com gatos pode soar estranha para alguns mas basta "googlear" para ver a particularidade da raça que citei. E entender que eles são, sim, lindos. Isso tudo para resumir uma coisa: eu sei que dói ser motivo de piada, de risadas, ser excluída por não ser igual ou não se encaixar em um padrão. Dói para caramba. Mais que isso só a dor de não ser nós mesmos. Isso vai corroendo a alma feito ácido. Eu confesso que eu já fui daquelas que riam de outras meninas por serem gordinhas ou por terem a tal monocelha por exemplo. E hoje eu me sinto muito, muito envergonhada disso. Eu nunca pratiquei bullying contra ninguém, mas, internamente, eu ria, ou tinha pensamentos preconceituosos com essas pessoas, que na realidade, não mereciam e mesmo que elas não saibam disso: meus sinceros desculpas por isso, eu era imatura demais pra enxergar o quão bonito é o mundo ser tão diferente.
O importante é que você se sinta bem consigo mesma. Mesmo que doa os comentários alheios. O mundo não tem padrão e você não tem que se encaixar. O mundo que tem aprender a cegar-se e então ter a visão clara. Cegar-se a ponto de que, cada pessoa que você conhecesse, você não visse uma foto sequer, pois não teria como, não pudesse ouvir a voz...mas essa pessoa era tão legal contigo, tão amável e gostava das mesmas coisas! Aí você consegue enxergar essa pessoa, e ela é tudo aquilo que, em termos de aparência física você debocha e acha feio. E agora, essa pessoa é realmente feia pra você? Duvido muito que seria.
A vaidade alheia é um problema e falta dela também. A alheia é que a pratica bullying, as pessoas conseguem ser tão egoístas e vaidosas consigo mesmas que não percebem o mal que podem causar a alguém por um comentário como "que feia", "tá gordinha, heim", a vaidade é tanta que vai além do respeito mútuo. E isso machuca. Não, isso não é ser sentimental, eu sinto muito. Isso é ser humano. E como humanos, acho que temos o direito de errar mas também de acertar. Acertar que todo mundo merece e deve-se ser respeitado. Mulheres, e pessoas em um geral que têm uma imagem inferior de si mesma(o): por favor, comecem a se respeitar. A respeitar o seu próprio sentimento em relação a você, ao que você sente, a quem você é. Torne-se vaidoso consigo mesmo, com seus feitos, com sua aparência e seus defeitos. E tente abrir a mente para isso, porque é difícil desprender-se. A mídia e a sociedade vêm com tudo, ditando o que devemos ou não usar, fazer, e como devemos ser. NÃO! Lave a alma de conceitos pequenos e aprenda a praticar a vaidade. Não é um pecado capital, é uma necessidade humana, ser vaidoso. Vaidoso com respeito, afinal, não tem nada melhor que se reconhecer lindo, se admirar e ser capaz de fazer isso com o próximo.
Clipe bacana da cantora P!nk sobre bullying e padrões: Perfect
Sunday, April 14, 2013
[MEME] Seis autores que eu leria qualquer coisa
"Na página 70 do livro A culpa é das estrelas, em um e-mail dirigido ao seu autor favorito, Hazel Grace, a protagonista, diz: “Para ser sincera, eu leria até suas listas de compras do supermercado."
Retirei esse ~meme~ do blog Distopicamente .
Minha lista foi, particularmente, difícil, e sim, todos são autores de ficção, é o gênero que eu mais gosto e não ficarei pregando uma imagem que não é minha. Leio de tudo, tenho livros de vários gêneros e autores diferentes mas o que eu mais gosto é ficção e ponto :D.
6 - André Vianco
Vianco é paulista e tive a oportunidade de conhecê-lo na feira do Livro de Porto Alegre no ano de 2011, onde consegui autografar meu livro "Os Sete". Antes de conhecer o simpático autor eu já era mega fã, após conhecer eu sou mais ainda. Ele possui 16 livros publicados - o último lançado recentemente: Noite Maldita - e foi o único que eu ainda não li do autor. Gostei de todas as obras, já inclusive dei indicação de um livro dele por aqui. A escrita peculiar dele, falar sobre sobrenatural e as histórias serem no Brasil me fazem ter vontade de ler qualquer coisa dele!
5 - Anne Rice
Ela é conhecida pelo livro "Entrevista com o Vampiro" mas Anne Rice é muito mais que isso. Ela escreve de uma forma sensual, mostra um outro lado dos vampiros. Anne rice é feminista e possui uma página no facebook onde a própria mantém contato com fãs, pede por assinaturas em petições contra fatos importantes e continua escrevendo. Possui 33 obras publicadas, a mais recente conhecida como "Wolf gift". Ainda não terminei toda as "Crônicas Vampirescas" mas li outras obras dela como "Tempo dos Anjos" e "Violino". Embora muitos considerem suas histórias um Young Adult - livro juvenil - da década de 90, eu considero a Anne um marco para a literatura, já que mulheres, normalmente, não se dão bem com ficção, a não ser em casos como Crepúsculo - só que Anne não precisou formar triângulos amorosos nem nada do gênero para conquistar um imenso público.
4 - Stephen King
3 - Neil Gaiman
Ele escreveu Sandman. Acho eu que não preciso de nenhum outro argumento. Todos livros dele são bons. Eu leria a lista de supermercado, lista de coisas a fazer e qualquer outra coisa dele. Mais, ele é tão O cara que consegue fazer os quadrinhos terem um outro nível - sejam infantis, sejam adultos - e ele escreveu Stardust. Se ainda tem dúvidas é porque não conhece o trabalho dele, corra e vá ler Sandman.
2- Bernard Cornwell
O primeiro livro que eu li dele foi Rei do Inverno, em 2005, e até então, tenho lido ao menos um livro dele ao ano. Eu devo ter lido mais que um livro dele ao ano (ano passado eu li 7 livros dele), então, sim, li coisa pra caramba dele, e ainda há mais livros para ler! O que faz ele tão especial? Livros com ficção medieval com muito sangue, protagonistas bárbaros e mais sangue. Ele mata as personagens legais, sem dó, ele faz o protagonista sofrer que nem no inferno, sem dó. E diz ainda ter muita história pra contar. Cornwell é muito amor!
E o grandeee vencedor...
tan tan tan
1 - J.R.R. Tolkien
Quem me conhece já esperava que fosse o Tolkien, obviamente. Eu não tenho nem palavras para descrever o quão mágico esse autor foi. Não dá. Ele escreveu meu livro favorito, O Hobbit, e criou todo um universo, novas línguas e muito mais, em uma época onde não se tinha internet, computador, e veio tudo da cabeça dele, de muita pesquisa. Não satisfeito ele era amigo íntimo de C.S Lewis, autor de outra história fantástica, As Crônicas de Nárnia. Eu consigo imaginar perfeitamente Tolkien sentado em frente de uma lareira, fumando seu cachimbinho ora escrevendo ora contando histórias aos filhos. O único defeito dele, como autor, foi não ter sido imortal.
Extra: J.K Rowland
Ela escreveu Harry Potter. Mesmo "ryca" e poderosa resolveu publicar muitas histórias não contadas para que os fãs possam continuar integrados no mundo mágico de Harry Potter, pelo Pottermore. Ela é diva e só não entrou na lista porque, realmente, a disputa tava acirrada e é injusto comparar apenas uma saga com outras obras diferenciadas dos outros autores.
Friday, April 12, 2013
[RESENHA] Livro: Uma noite e Seis Semanas
Atenção: O enredo possui trechos com sexo e violência, não sendo recomendado para menores de 16 anos]SINOPSE:
"Leila conheceu Mariane na adolescência numa época difícil, em que a
mãe, Clarice, lutava contra a leucemia. Logo se tornaram amigas e, com o
convívio, descobriram-se apaixonadas. Enfrentaram e superaram todos os
preconceitos para ficarem juntas, mas ainda que o amor fosse
reciprocamente verdadeiro e forte, uma notícia inesperada desarranjou
suas vidas, separando-as. De um lado, Leila busca uma explicação crível
para um problema inexplicável. Do outro, Mariane, cética quanto à
inocência de sua parceira, busca refúgio em um amigo de infância. Entre
elas, acontecimentos paralelos se desenrolam em obstáculos que, no fim,
convergem em um ponto comum. Embora as
protagonistas sejam lésbicas, a trama não é sobre sexualidade ou
preconceito. Elas apenas são lésbicas como uma é morena e outra é ruiva."
O autor desse livro é o Tiago Morini, ele é dono da página Um Livro Qualquer e do blog que leva o mesmo nome. Conheci o trabalho dela pela campanha "Meu sangue por um livro" e li quase todos textos do blog, até que ele resolveu lançar o livro sem editora, atitude admirável.
Pois bem, válido lembrar, de novo, que o livro contém trechos com sexo e violência, ou seja, menores de 16 anos ou pessoas que não gostem ou não se sentem preparadas para ler um livro que tenha isso, não leiam.
Eu achei a trama do livro muito peculiar, as duas personagens se completam de uma forma única e bonita. Como o próprio autor coloca, embora as protagonistas sejam lésbicas, o foco principal do livro não é esse - mas no mesmo há, sim, atos de preconceito contra o relacionamento das duas. Outro ponto importante é que há um levantamento sobre questões sociais, como violência, manipulação e o preconceito já citado.
O amigo de infãncia de Mariane lembra muito o autor - pelo que a gente conhece dele lendo seus textos - e eu achei muito legal isso, me senti mais próxima da leitura e daquela realidade.
Escrever qualquer coisa a mais seria spoiler. Eu só vi um porém: depois que acontece o clímax, o livro começa a ter um ritmo muito acelerado e aí terminou muito rápido. Por mim, poderia ter mais umas 50 páginas de situações cotidianas no começo e logo após o clímax ser atingido. Um ótimo livro de um autor com bastante potencial, acho que o mercado editorial perdeu a não publicar o livro dele. Raros os livros que eu leio em um dia.
Escrita: 8/10
Capa: 7/10
História: 7,5/10
Personagens: 7,5/10
Nota final: 7,5 (ótimo)
Você pode encontrar o primeiro capítulo do livro aqui
E para quem tiver interesse em comprar por R$3,99 a vesão e-book, basta clicar aqui (os primeiros 200 compradores irão concorrer a um Kobo Mini!)
O autor desse livro é o Tiago Morini, ele é dono da página Um Livro Qualquer e do blog que leva o mesmo nome. Conheci o trabalho dela pela campanha "Meu sangue por um livro" e li quase todos textos do blog, até que ele resolveu lançar o livro sem editora, atitude admirável.
Pois bem, válido lembrar, de novo, que o livro contém trechos com sexo e violência, ou seja, menores de 16 anos ou pessoas que não gostem ou não se sentem preparadas para ler um livro que tenha isso, não leiam.
Eu achei a trama do livro muito peculiar, as duas personagens se completam de uma forma única e bonita. Como o próprio autor coloca, embora as protagonistas sejam lésbicas, o foco principal do livro não é esse - mas no mesmo há, sim, atos de preconceito contra o relacionamento das duas. Outro ponto importante é que há um levantamento sobre questões sociais, como violência, manipulação e o preconceito já citado.
O amigo de infãncia de Mariane lembra muito o autor - pelo que a gente conhece dele lendo seus textos - e eu achei muito legal isso, me senti mais próxima da leitura e daquela realidade.
Escrever qualquer coisa a mais seria spoiler. Eu só vi um porém: depois que acontece o clímax, o livro começa a ter um ritmo muito acelerado e aí terminou muito rápido. Por mim, poderia ter mais umas 50 páginas de situações cotidianas no começo e logo após o clímax ser atingido. Um ótimo livro de um autor com bastante potencial, acho que o mercado editorial perdeu a não publicar o livro dele. Raros os livros que eu leio em um dia.
Escrita: 8/10
Capa: 7/10
História: 7,5/10
Personagens: 7,5/10
Nota final: 7,5 (ótimo)
Você pode encontrar o primeiro capítulo do livro aqui
E para quem tiver interesse em comprar por R$3,99 a vesão e-book, basta clicar aqui (os primeiros 200 compradores irão concorrer a um Kobo Mini!)
Monday, April 8, 2013
Quebra-onda
Retirado do Weheartit |
Eu era garçom de um restaurante há alguns anos atrás. Era muito observador e tinha clientes frequentes.
O restaurante era de comida caseira, orgânica, "natureba" e tinha um público bem diversificado.
Havia aquelas duas senhorinhas que vinham toda terça e quinta e pediam suco de limão com gengibre e sempre pagavam mais que os 10%, havia o pai divorciado que levava o filho nas sextas porque a mãe "só dava porcaria", havia pessoas que entraram para experimentar e não voltavam mais e aqueles que me conheciam pelo nome, pedindo sempre a mesma mesa.
Uma dessas pessoas era uma moça que almoçava quase todos dias ali. Era uma moça que parecia muito comum numa primeira olhada. Eu observava ela sempre. Ela pegava a mesa próxima da janela, entrava e dava bom dia a mim e aos colegas que estivessem perto, com um sorriso meio caído. Servia-se com calma e deixava que as pessoas mais velhas ou que pareciam apressadas passassem na sua frente tanto na fila de servir a comida quanto na fila de pagar. Colocava a comida meticulosamente no prato, comia com calma, deixava a mesa meio ajeitada - mesmo havendo o serviço de 10% de garçom - e quando ia embora, sempre pedia pra embalar o resto de comida que sobrava no prato, quando não pedia algum lanche ou porção a mais. Um dia a observei pela janela e a vi dando aquela sobra pra alguns cachorros de rua e o lanche para um senhor, que parecia ser o dono daqueles cães.
Trabalhei durante 2 anos lá e durante 2 anos vi a moça almoçar acompanhada apenas uma vez, acho que era do seu namorado. Parei de trabalhar na loja por surgir oportunidade de fazer uma faculdade e resolvi que no último dia falaria com ela.
Ela sentou-se na mesma mesa de sempre, deu bom dia, serviu-se, e quando me chamou para fechar a conta, perguntei:
- Desculpe-me, mas, trabalho aqui há 2 anos e nem sei teu nome.
- Meu nome é Rosa.
- Prazer, sou Douglas. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro!
- Você sempre almoça sozinha. Tem algum motivo para isso
Ela suspirou. Parecia não ter gostado da pergunta pois seu semblante ficou triste e me senti envergonhado com minha estúpida curiosidade.
- Me desculpe. Não queria...
- Não, tudo bem. Veja bem, eu até poderia, algumas raras vezes, ter uma companhia para almoçar. Porém...bem, eu não quero migalhas, restos. Se alguém quer minha companhia, quero que a aprecie, que goste de estar comigo. Almoçar comigo para não almoçar sozinho....não vejo porque. Não me sinto mal por almoçar sozinha, nunca foi um problema, aliás, não é um problema fazer nada sozinha. As pessoas acham, muitas vezes, que o fazemos por não ter opção, mas não. Eu prefiro a minha solidão, quietude que ter que aguentar pessoas, assuntos e falsidades que não estão à altura do que eu mereço como companhia.
- Você não acha isso meio...triste, ou mesmo, prepotente...? Parece que você afirma que sua companhia é melhor que a de outras pessoas.
- Não. É uma realidade e é a verdade. As boas companhias infelizmente não podem estar sempre comigo, as pessoas têm responsabilidades, compromissos a atender. Um dia, eu também pensava que isso era triste, hoje, vejo que isso só nos faz crescer, aumenta nossa perspectiva de quem queremos que esteja ao nosso lado e nos torna independentes. Agora, sei quem posso contar, e não é me acompanhando em um almoço por pura educação que alguém me prova isso, dependendo, muito pelo contrário.
Não entendi bem o que ela queria dizer. Continuei achando triste e um pouco prepotente, seletivo demais.
Ela agradeceu a conversa e se despediu, saiu como sempre saía.
Muito tempo depois, passei por vários situações onde me encontrei sozinho, na mais pura solidão, e então me lembrei dessa moça e do papo num dos meus últimos dias de trabalho. Resolvi voltar ao restaurante para ver se a encontrava, poder dizer a ela que tinha razão. A encontrei na mesma mesa de sempre, uns anos mais velha.
- Oi Rosa, lembra de mim?
- Oi! Lembro, só não recordo teu nome, desculpe-me.
- É Douglas!
- E aí, como vai a vida, sumiu do restaurante...
- Pois é, as oportunidades melhoraram...
- Hmm, legal.
- Então, só queria dizer que você tinha razão. A solidão nos faz crescer, hoje eu vejo.
- Que bom que viu isso, fico contente.
- Sim sim.
Meu antigo chefe apareceu e deixei Rosa sozinha na sua mesa, quando voltei não a encontrei mais, infelizmente.
Fico feliz por ter tido a oportunidade de aprender a gostar da solidão e apreciá-la, antes, julgava, sem perceber, uma pessoa que não merecia por falta de conhecimento, por imaturidade. Agora, diferencio aqueles que apreciam a solidão e aqueles que são solitários. Aos primeiros, ofereço um breve sorriso, aos segundos, bem, eu puxo papo como fiz com a Rosa, antes de entender que ela fazia parte de algo tão único que não é para qualquer um entender e admirar.
Thursday, April 4, 2013
Óculos estão na moda!
Haters gonna hate |
Lembro-me bem como eu sofria "bulling" por usar óculos imaginários (digo imaginários pois minha miopia foi uma descoberta tardia) na infância - e por ser magrela, mas esse não é o foco. Criança tem mania de brincar com tudo que é meio diferente e isso é normal, e é até sadio, dependendo da brincadeira. Eu sempre li muito, fui incentivada a isso e então eu lia. E estudava. E perguntava. Sempre fui muito curiosa, também, o que me fazia parecer chata para alguns coleguinhas de aula e que o que gerava algumas piadinhas de "cdf" e afins, nada demais, nada traumático. Junto com isso, aos 8 anos, conheci os video games e aí a coisa piorou um pouco, passaram a me chamar de "nerd". Com poucos 8 anos eu não entendia direito o que aquela palavra, nerd, significava direito, mas parecia ruim e algumas colegas de classe diziam que eu nunca teria um namorado por causa disso. Não entendi essa pressão moral até hoje.
Pois bem, o tempo passou, a tecnologia e informação ficaram mais acessíveis e hoje, muitas pessoas também se interessam por video games, jogos de tabuleiros, MMORPG, filmes de ficção científica, fantasia e afins e as redes sociais ajudam essas pessoas com gostos parecidos a encontrar-se.
Os "óculos" viraram moda.
Antes, aqueles que eram julgados por gostarem de algumas dessas coisas eram taxados como algo ruim, alguém que não teria amigos, excluído socialmente - coisa que aconteceu comigo, não sei vocês - e como algo que ninguém "normal" gostaria de ser chamado.
Hoje, bem, parece ser orgulho ser chamado de "nerd". Com o tempo percebi o quanto generalizações são idiotas e passei a não apoiar o uso de qualquer palavra que vá definir um grupo social a partir do que goste ou não, como sendo obrigatório, por exemplo, que um "nerd" goste de Star Wars ou Star Trek. Claro, o grupo social nerd existe, e claro, há limitações para essa definição, mas não gosto delas e esse não é o foco do meu texto.
O problema é: as pessoas que tiveram um período de vida parecido com o meu a partir dos 8 anos, que fazem parte desse mundo há algum tempo estão com raiva ou sentimentos do gênero sobre esse tal orgulho nerd. Eu, particularmente, não tenho raiva disso. Eu vejo os benefícios disso. Esse upgrade "nerd" serve para uma coisa, ótima, por sinal: a maior oferta de produtos. Antes, era raro conseguir uma camiseta legal de algum jogo, o acesso a alguns itens era escasso e dependendo o que se queria, não se conseguia. Comprar quadrinhos era complicado, também, pois nem todas versões chegavam ao Brasil, se não chegavam atrasadas demais ou sua publicação era cancelada. Hoje, a oferta é bem maior, pois a procura é maior e isso é bom pra todo mundo e existem até marcas brasileiras produzindo itens de qualidade.
No mais, gostaria de recordar que na minha "época" eu era taxada como nerd porque estudava muito, lia muito, jogava Game Boy e fui na pré-estréia de filmes como Star Wars com o meu pai. O mais importante é: eu estudava MUITO. E continuo estudando. Quer chamar-se de nerd, o faça, mas ao menos seja coerente e aprenda a escrever direito e interpretar informações, aí sim dá parar sentir-se orgulhoso por algo.
Sunday, March 31, 2013
Fanatismo literário
Retirada do Weheartit |
"A menina e os livros.
Aquela menina nunca soubera ser a melhor companhia. Nunca soubera como se relacionar com pessoas, seres de carne, osso e sentimentos.
Punha um livro em sua frente. A menina criava uma espécie de brilho único nos olhos. Ela, então, conseguia entender todas pessoas, seres e sentimentos. Ela, então, conseguia transmitir também o que pensava.
Essa menina, igual a qualquer outra menina, tinha sonhos, metas e problemas. E ela resolvia seus problemas de uma forma bem peculiar. Senta-se na sacada de casa e punha-se a chorar, incansavelmente, por sobre aqueles livros. No inverno, no frio, próxima ao mar, encanta-se com a solidão que só aquele local lhe proporcionava e assim ela "resolvia" seus problemas.
Apenas os livros pertenciam àquela menina, e seus sentimentos ficavam soltos pelas páginas e marcadores, segredos de ponto e vírgula que só um frase marcada entendia."
Eu acredito que leitura não é só cultura. Leitura salva vidas. Ler é um hábito mas também é uma paixão. Ler é esconder-se e encontrar-se ao mesmo tempo. Até mostrar-se, quem sabe. A leitura pode ser refúgio da mente, mas é muito mais, é onde a mente desperta e onde ela adormece.
Os livros são tudo o que quisermos que eles sejam:
melhor amigo,
amante,
cura-fossa,
riso, e choro.
Livros não ccnseguem apaixonar qualquer pessoa. Nem todos conseguem prender-se a palavras escolhidas a dedo por um desconhecido que resolveu por mágoas, descobertas ou mesmo as idéias malucas para mostrar a outros desconhecidos que podem taxá-lo de tudo e mais um pouco por matar uma personagem ou mesmo criar um best-seller de baixa literatura.
Para os leitores, e eu digo aqueles que não podem passar por uma livraria sem entrar, mesmo sem um tostão no bolso, que cheiram os livros novinhos - e sim fazemos isso! - que tem todo um cuidado com seus livros, investiga a vida dos escritores que goste, lê novamente livros favoritos, apaixona-se por personagens, fazem coleções de cultura, esses eu confirmo: somos todos doentes, e nossos remédios são livros. Tornaram-se uma necessidade tão grande quanto o alimento vital ao bom funcionamento dos órgãoes - olhos e cérebro, precisamos de vocês! A leitura é para todos e é isso que eu mais admiro nos livros: a sua enorme capacidade de poder fazer parte de mundos muito diferentes - tão iguais ao mesmo tempo, às vezes - e de curar as feridas mais profundas.
Retirada do Weheartit |
O poema e o texto são de minha autoria e por isso possuem direitos autorais. Cópia autorizada quando dado os créditos.
Monday, March 25, 2013
Sobre ponto de vista e preconceitos.
Retirada do "weheartit" |
Ele apenas é a forma como cada um, individualmente, vê as situações, as pessoas, as ações. É uma perspectiva da forma como as coisas são a partir do que se é conhecido, do que se é vivido, presenciado e sentido. O grande problema é: há infuência até no que se é vivido, presenciado, sentido. É raro tomarmos decisões sozinhos, ainda mais quando novos. O quanto um comercial, ou mesmo, uma novela pode influenciar uma criança? Isso depende. A questão é que influencia: pro bem e pro mal. E influencia no ponto de vista.
E para mim o ponto de vista está muito relacionado com preconceito.
Tirando do nosso amigo dicionário:
Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente. As formas mais comuns de preconceito são: social, "racial" e "sexual".
O ponto de vista pode ser considerado um juízo. Claro que, as pessoas dizem que preconceito apenas é e é passível de opinião própria sobre ser ou não, e o ponto de vista cada um tem o seu e simplismente é.
E como um se liga no outro?
Eu, por exemplo, sou extremamente preconceituosa. Juro. Tenho um enorme preconceito por gente que odeia animais. É difícil eu simpatizar e já acho que sempre é alguém ruim, embora eu respeite essa pessoa, apenas não faço amizade, não quero saber, não faz diferença na minha vida, apenas não consigo firmar um laço com alguém assim mas nunca ofendi alguém por conta disso. E qual meu ponto de vista sobre animais?
Eu amo eles. De coração. Todos eles. "Até tubarão?" Sim! "Até mosquito?" Embora eu seja alérgica, sim! Fui criada sempre com animais na volta, com pessoas que gostam de animais e sempre aprendendo a respeitá-los. Isso teria algo relacionado com o meu preconceito? Eu acredito, fortemente, que sim. Não é diretamente relacionado mas tem forte incidência sobre esse meu preconceito. E não pensem "não sou preconceituoso". Todos somos, com alguma coisa, por mais idiota que seja e nossos ponto de vista divergem-se, mesmo em pessoas criadas de formas iguais, irmãs, mesmas condições. Cada influência externa atinge com uma força diferente em cada pessoa. A diferença está em como lidamos com diferentes ponto de vista. Não vou morrer por existir pessoas que não gostem de animais, por exemplo. Isso é normal. Anormal é essa mesma pessoa me julgar por eu gostar e ajudá-los, ou então maltratá-los por não gostar deles. O mesmo vale para homofóbicos, não vou morrer, mas a partir do momento que isso - ou qualquer preconceito- vira violência, falta de respeito alheio, aí sim, eu me dou o direito de sentir o que quiser sobre aquele indivíduo e batalhar contra isso. E é isso que falta a maior parte das pessoas preconceituosas entenderem, ou seja, grande parte da população, já que todos temos preconceitos.
Resenha HQ V de Vingança
Retirada do Google Images |
A história se passa em um Reino Unido distópico de 1997 onde um governo totalitário e muito parecido com o regime fascista tem o poder e controla a população após uma guerra que quase asolou o Reino Unido.
Eu confesso que havia lido pouco da HQ antes de ver o filme. Para quem acha o filme ótimo eu diria que a HQ é fantástica!
Codinome "V" ou apenas "V" é um anarquista que se veste com uma máscara de Guy Fawkes, peruca e roupa toda preta. Tem boas habilidades de luta e conhecimento de armaria e química além de grande conhecmento das figuras políticas e seus envolvimentos mútuos. Ele conhece Evey e a "salva", além de torná-la sua aprendiz.
Retirada do Google Images |
O valor médio da HQ é R$23,90 e pode ser encontrada em livrarias ou mesmo on-line.
Retirada do Google Images |
Escrita: 8/10
Capa: 8/10
História: 8/10
Personagens: 9/10
Ilustração: (em caso de HQ's): 8/10
Nota final: 8,2 (ótimo)
Thursday, March 14, 2013
14 de março, dia nacional da poesia :)
Para quem não sabe hoje é o dia nacional da poesia e nada mais justo fazer uma pequena homenagem a poetas brasileiros :) Seguem duas poesias para homenagear e agradecer a arte da poesia.
"A Angústia Insuportável de Gente
Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,
A banalidade devorante das caras de toda a gente!
Ah, a angústia insuportável de gente!
O cansaço inconvertível de ver e ouvir!
(Murmúrio outrora de regatos próprios, de arvoredo meu.)
Queria vomitar o que vi, só da náusea de o ter visto,
Estômago da alma alvorotado de eu ser... "
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
"Canção da tarde no campo
Caminho do campo verde
estrada depois de estrada.
Cerca de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.
Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.
Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!
Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a tarde é minha.
Os meus passos no caminho
são como os passos da lua;
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.
Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.
De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto,
meu peito é puro deserto.
Subo monte, desço monte.
Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha."
Cecília Meireles
"A Angústia Insuportável de Gente
Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,
A banalidade devorante das caras de toda a gente!
Ah, a angústia insuportável de gente!
O cansaço inconvertível de ver e ouvir!
(Murmúrio outrora de regatos próprios, de arvoredo meu.)
Queria vomitar o que vi, só da náusea de o ter visto,
Estômago da alma alvorotado de eu ser... "
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
"Canção da tarde no campo
Caminho do campo verde
estrada depois de estrada.
Cerca de flores, palmeiras,
serra azul, água calada.
Eu ando sozinha
no meio do vale.
Mas a tarde é minha.
Meus pés vão pisando a terra
Que é a imagem da minha vida:
tão vazia, mas tão bela,
tão certa, mas tão perdida!
Eu ando sozinha
por cima de pedras.
Mas a tarde é minha.
Os meus passos no caminho
são como os passos da lua;
vou chegando, vai fugindo,
minha alma é a sombra da tua.
Eu ando sozinha
por dentro de bosques.
Mas a fonte é minha.
De tanto olhar para longe,
não vejo o que passa perto,
meu peito é puro deserto.
Subo monte, desço monte.
Eu ando sozinha
ao longo da noite.
Mas a estrela é minha."
Cecília Meireles
Tuesday, March 12, 2013
Resenha: "Roverandom"
Imagem retirada do Google Images |
"Em 1925, durante as férias, o pequeno Michael Tolkien perdeu, na praia, um cãozinho de brinquedo que ele adorava. Para consolá-lo, o pai, J. R. R. Tolkien, inventou uma história sobre um cachorro de verdade que é transformado em brinquedo por um mago e enviado por um ´feiticeiro-da-areia´ à Lua e ao fundo do mar. Mais de 70 anos depois, as aventuras do cachorro Rover, também conhecido pelo nome de ´Roverandom´, foram publicadas na Inglaterra. Elas foram organizadas a partir do texto original por Christina Scull e Wayne G. Hammond. Divertido e rico em jogos de palavras, Roverandom agradará a todos os leitores que gostam de uma boa história, e será bem recebido pelos muitos admiradores de Tolkien de todas as idades." (retirado do site da livraria Saraiva)
Esse livro é como se o Tolkien estivesse contando a história para os seus filhos. Eu consegui imaginar claramente a narraçã da história dele para os filhos e adorei o fato do livro ter sido escrito para eles. A capacidade literária e de escrita do Tolkien é inegável e mesmo em uma aventura mais simples que suas batalhas épicas em Senhor dos Anéis a leitura prende. É um livro curto, rápido e a linguagem é bem fácil. Li o mesmo livro em inglês (por um PDF) e achei recomendável para quem está começando a ler em inglês.
O livro conta a aventura do cão Rover que após uma brincadeira é transformado em uma cãozinho miniatura por um mago muito mal humorado e sabichão e se perde da sua casa. A única coisa que ele quer é seu tamanho original e voltar para o menino que era seu dono. Na sua aventura ele encontra outros "Rovers" (que signifca perdido) e aprende a ter mais paciência, ele mora tanto na Lua quanto no fundo do mae.
É uma leitura leve, gostosa e carregado de lições de moral sutis e leve ironias, prático para que uma criança entenda mas sutil o suficiente para que não pareça uma lição de moral. Muito recomendado!
Escrita: 8/10
Capa: 7/10
História: 7,5/10
Personagens: 7/10
Nota final: 7,3 (Ótimo)
Sunday, March 3, 2013
Poemas no ônibus e no trem 2009
Já havia comentado que tive um poema de minha autoria publicado em uma edição do "Concurso Poemas no ônibus e no trem" realizados aqui em Porto Alegre, participei na primeira vez em 2009 e meu poema foi selecionado! Esse ano pretendo participar novamente com um novo poema. Foi uma sensação bastante agradável e única, pois os autores selecionados tem ate uma tarde de autógrafos na Feira do Livro de Porto Alegre.
Eu não sabia se iria tentar publicar esse poema ou esse outro:
"Ondas.
Me sinto como o mar, quando a alta temporada acaba. O frio afasta as pessoas, ele se torna vazio e profundo e sereno.
No seu interior, o mar chora, chora muito, mas por fora ele é o exemplo da calmaria; ninguém pensa que ele se sente só ou em sua tristeza. Uma criança ao passar de carro com o pai perto da beira da praia pergunta ao pai porque o mar parece tão mais calmo agora, o pai responde que é porque não há mais Sol.
Sem o Sol, minhas ondas se perdem, assim como minha alegria. Mas eu que o assustei com ondas fortes demais, altas, raivosas. Coisas que bem a Lua que gosta.
Agora, basta deixar que tudo vire pó."
E percebi que era mais que um poema, era mais uma poesia depressiva, acho que fiz boa escolha decidindo pelo outro, não? Em breve postarei mais algumas poesias dessa época de 2009, tenho mais alguns 5 guardados. Ainda essa semana volto com a resenha de Roverandom!
Capa do livrinho com toda a seleção de poemas |
Meu poema :) |
"Ondas.
Me sinto como o mar, quando a alta temporada acaba. O frio afasta as pessoas, ele se torna vazio e profundo e sereno.
No seu interior, o mar chora, chora muito, mas por fora ele é o exemplo da calmaria; ninguém pensa que ele se sente só ou em sua tristeza. Uma criança ao passar de carro com o pai perto da beira da praia pergunta ao pai porque o mar parece tão mais calmo agora, o pai responde que é porque não há mais Sol.
Sem o Sol, minhas ondas se perdem, assim como minha alegria. Mas eu que o assustei com ondas fortes demais, altas, raivosas. Coisas que bem a Lua que gosta.
Agora, basta deixar que tudo vire pó."
E percebi que era mais que um poema, era mais uma poesia depressiva, acho que fiz boa escolha decidindo pelo outro, não? Em breve postarei mais algumas poesias dessa época de 2009, tenho mais alguns 5 guardados. Ainda essa semana volto com a resenha de Roverandom!
Thursday, February 28, 2013
Livros lidos em Janeiro, Fevereiro e próximas resenhas
Já mencionei que esse espaço seria um impulso (obrigada Desafio Literário!) a escrever resenhas de livros e contos próprios. Começarei a postar resenhas não apenas para o desafio, mas também dos livros lidos até hoje e dos livros lidos desde o começo desse ano. Todo ano me proponho a ler ao menos 2 livros/mês e sempre passo da meta, veremos se esse ano será do mesmo jeito.
Livros lidos em Janeiro de 2013:
As vantagens de ser invisível - resenha
As terras devastadas - resenha em breve (quando terminar toda a série "Torre Negra")
Looking for Alaska - resenha em breve
O apanhador no campo de centeio
Livros lidos em Fevereiro de 2013:
A culpa é das estrelas - resenha em breve
HQ V de Vingança - resenha em breve
Casório?! - resenha
Mago e Vidro - resenha em breve (quando terminar toda a série "Torre Negra")
Acredito que fazendo a lista é mais fácil que eu me comprometa a resenhá-los. Criei um novo "esquema" também onde darei notas para 4 atributos no livro, e uma nota "final", os critérios são:
Escrita: linguagem utilizada, compreensão de frases, organização de idéias, tradução
Capa: estilo da capa, se protege o livro e combina com o mesmo, design
História: composição da história/enredo no geral
Personagens: criação e desenvolvimento das personagens (não importa se simples ou complexa)
Nota final: soma dos 4 critéros divididos por 4.
De 1 a 3: ruim
De 3 a 5: razoável
De 5 a 7: bom
De 7 a 9: ótimo
De 9 a 10: incrível
Não colocarei dias certos de postagem mas garanto postar ao menos 2 vezes a semana, uma sendo uma resenha e outra um conto próprio.
Livros lidos em Janeiro de 2013:
As vantagens de ser invisível - resenha
As terras devastadas - resenha em breve (quando terminar toda a série "Torre Negra")
Looking for Alaska - resenha em breve
O apanhador no campo de centeio
Livros lidos em Fevereiro de 2013:
A culpa é das estrelas - resenha em breve
HQ V de Vingança - resenha em breve
Casório?! - resenha
Mago e Vidro - resenha em breve (quando terminar toda a série "Torre Negra")
Acredito que fazendo a lista é mais fácil que eu me comprometa a resenhá-los. Criei um novo "esquema" também onde darei notas para 4 atributos no livro, e uma nota "final", os critérios são:
Escrita: linguagem utilizada, compreensão de frases, organização de idéias, tradução
Capa: estilo da capa, se protege o livro e combina com o mesmo, design
História: composição da história/enredo no geral
Personagens: criação e desenvolvimento das personagens (não importa se simples ou complexa)
Nota final: soma dos 4 critéros divididos por 4.
De 1 a 3: ruim
De 3 a 5: razoável
De 5 a 7: bom
De 7 a 9: ótimo
De 9 a 10: incrível
Não colocarei dias certos de postagem mas garanto postar ao menos 2 vezes a semana, uma sendo uma resenha e outra um conto próprio.
João ou Maria.
Pegou a xícara, inalando o aroma doce de chá. Mais um dia, mais uma vida. A chance de fazer diferente? Não, aquilo não lhe passava a cabeça. Era só mais um dia. "Qualquer". O que poderia ter de diferente? Fazer a mesma rotina, mesmo percurso para ir trabalhar, mesmas pessoas, ah. Fazia tudo de modo automático, afinal que poesia existia em um dia como aquele? Vestiu-se e se foi a trabalhar, parecer responsável."Afinal não é isso que as pessoas fazem?". Ouviu cobranças, sentiu pressão do chefe, comeu a marmita fria e de mesmo tempero, bateu o ponto e pegou o ônibus.
De volta ao conforto do lar, passou o resto da noite a assistir televisão, sem noção do tempo que corria. E era hora do banho. Em um momento, único naquele dia, seu, resolveu olhar-se no espelho.
Encontrou uma face que beirava o cansaço. Olheiras profundas, cabelo bagunçado, lábios contraídos em um meio sorriso forçado, sem vaidade, sem expressão. "Chega! Amanhã farei diferente.". Refez planos, idéias, sonhos. Decidiu mudar de carreira, ir viajar o mundo e ser voluntário em algum programa contra a fome.
Pegou a xícara, inalando o aroma doce de chá. Mais um dia, mais uma vida. A chance de fazer diferente?
Não, aquilo não lhe passava a cabeça. Era só mais um dia. "Qualquer". E saiu a procura do seu verdadeiro eu.
Escrito por Renata Auler.
Resenha livro Casório - Marian Keyes
"Lucy Sullivan quer desesperadamente se casar. Esta moça de 26 anos, que
divide o apartamento com as amigas, não tem dúvidas de que, dentro de
poucos meses, entrará; em alguma igreja como protagonista da mais linda
cerimônia da sua vida. Só falta um pequeno detalhe: o noivo! Mas Lucy,
que nem ao menos tem um namorado e nunca foi muito bem-sucedida no amor,
confia piamente nas previsões de sua cartomante e iniciará; uma busca
incessante por um bom partido: ele precisa ser bonito, inteligente e não
lembrar em nada o seu pai. A escritora
Marian Keyes – após os fantá;sticos sucessos Melancia, Férias! e Sushi –
está; de volta com Casório?!, um romance contagiante e engraçadíssimo."
Bem, eu queria ter postado antes, porém aulas começaram e comecei a ler livros extremamente densos, então a única resenha será dessa "Chick Lit"
Apesar de não gostar do gênero Chick Lit no geral, eu gosto da escrita da Marian Keyes. As histórias são clichês? Siiim! Porém, ela tem algo (de repente o fato de ser irlandesa também conte haha) que me faz querer ler os livros. Esse livro estava na fila mas eu nunca encontrava tempo para lê-lo. Como o tema do Desafio Literário desse mês era "livros que nos façam rir" adiantei esse na fila e fui correndo na bibilioteca da universidade pegar.
O livro conta a história da Lucy, uma mulher mediana, comum, daquelas sem talento e blábláblá, tipo "tô vivona e eras isso". Como a maior parte, não só das mulheres, mas da população em um geral, a Lucy é aquela pessoa que é insegura e ainda não aprendeu a se amar.
Bem, ela vai a uma cartomante que diz que ela irá casar, e passa a ficar atenta a todos seres masculinos que se aproximam dela. Nisso aparece o Gus, e digo, ele é insuportável, mas claro, nossa carente e insegura Lucy, crente que irá casar, cai na dele. Por outro lado há Daniel, o melhor amigo dela, e claro, ele é um fofo e óbvio, isso não é spoiler, mas todo mundo imagina como termina.
Enfim, o livro é clichê mas dei boas risadas e achei que o livro tem um teor um pouco mais maduro, não sei se pela escrita da autora ou por tratar de alcoolismo mais pro final, mas com certeza é uma leitura leve e divertida para dar um tempo nos livros densos.
Escrita: 7/10
Capa: 6,5/10
História: 6,5/10
Personagens: 7/10
Nota final: 6,7
Bem, eu queria ter postado antes, porém aulas começaram e comecei a ler livros extremamente densos, então a única resenha será dessa "Chick Lit"
Apesar de não gostar do gênero Chick Lit no geral, eu gosto da escrita da Marian Keyes. As histórias são clichês? Siiim! Porém, ela tem algo (de repente o fato de ser irlandesa também conte haha) que me faz querer ler os livros. Esse livro estava na fila mas eu nunca encontrava tempo para lê-lo. Como o tema do Desafio Literário desse mês era "livros que nos façam rir" adiantei esse na fila e fui correndo na bibilioteca da universidade pegar.
O livro conta a história da Lucy, uma mulher mediana, comum, daquelas sem talento e blábláblá, tipo "tô vivona e eras isso". Como a maior parte, não só das mulheres, mas da população em um geral, a Lucy é aquela pessoa que é insegura e ainda não aprendeu a se amar.
Bem, ela vai a uma cartomante que diz que ela irá casar, e passa a ficar atenta a todos seres masculinos que se aproximam dela. Nisso aparece o Gus, e digo, ele é insuportável, mas claro, nossa carente e insegura Lucy, crente que irá casar, cai na dele. Por outro lado há Daniel, o melhor amigo dela, e claro, ele é um fofo e óbvio, isso não é spoiler, mas todo mundo imagina como termina.
Enfim, o livro é clichê mas dei boas risadas e achei que o livro tem um teor um pouco mais maduro, não sei se pela escrita da autora ou por tratar de alcoolismo mais pro final, mas com certeza é uma leitura leve e divertida para dar um tempo nos livros densos.
Escrita: 7/10
Capa: 6,5/10
História: 6,5/10
Personagens: 7/10
Nota final: 6,7
Thursday, January 31, 2013
Resenha "As vantages de ser invisível"
Criei o blog com intuito de participar do Desafio Literário 2013 e também realizar postagens de contos e estórias próprias :D.
Começarei resenhando esse livro, As vantagens de ser invisível já que o mesmo traduz bem minha adoslecência.
Informações retiradas do site Submarino.com.br
"Livro de estreia do roteirista norte-americano Stephen Chbosky, As Vantagens de ser Invisível sai no Brasil pela coleção Batendo de Frente da Rocco Jovens Leitores, cuja proposta é pôr o jovem em confronto com realidades cáusticas. Não poderia ser diferente. Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela.
As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário.
Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo."
O livro é de temática adolescente para adolescentes mas confesso que me surpreendeu.
Confesso que se não fosse pelo filme, não me interessaria muito em ler o livro, pela capa e pelas informações contidas nos sites que vendem o mesmo e mesmo na sinopse que contém no livro.
O livro, escrito em forma de diário-cartas endereçadas a um amigo que não sabemos quem, conta a história de Charlie logo após a morte de seu melhor amigo e a passagem de uma fase depressiva.
Apesar de Charlie aparecer constantemente como um "perdedor" e esquisitão no livro, na visão do âmbito escolar, para aqueles que estão dentro da mente do Charlie, pelos seus diários, podemos ver o quanto de perspectiva ele tem das pessoas, as tiradas inteligentes, a curisiodade psicológica e mental que ele tem com os demais.
O Charlie é um personagem único e é muito legal acompanhar o desenvolvimento dele pelo livro. Os amigos Sam e Patrick tem tiradas próprias e são um importante ponto de partida pro desenvolvimento social e a "ascenção" do Charlie perante os colegas de escola.
A trilha sonora do livro também é de respeito e traduz bem os momentos que o Charlie está passando. Recomendo dar uma pausa na leitura e ouvir a música citada, dá outra perspectiva pra leitura!
Escrever qualquer coisa a mais seria dar spoiler e não pretendo isso. Em um geral, mesmo sendo um livro para jovens acho indispensável a leitura de "As vantagens de ser invisível" nem que seja pra se sentir um pouco infinito.
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